quinta-feira, 13 de maio de 2010

A Bailarina vs O Fantasma



A pequena e delicada caixinha de música era habitada por uma bailarina e por um decadente fantasma.Ela vivia lá porque se sentia obrigada a passar a vida toda dançando o "Tema de Lara"para cada moça que abrisse apaixonadamente a caixinha pra guarda um relicário ou para cada mulher que procurasse um lar pro seu camafeu.Já o fantasma vivia lá porque achava que assustava a bailarina...E todo mundo sabe que fantasmas do passado só sobrevivem por se julgarem tão assustadores quanto os fantasmas do presente.Assim como antigos medos que são alimentados por acreditarem serem mais temidos do que ignorados!
Um dia,a bailarina percebeu que a única forma de lutar contra o tédio eterno,o qual ela estava fadada por viver ao lado de um fantasma que se julga assustador sem ser,era quebrando a redoma de vidro que lhe cercava e dessa forma,deixar aquele mundinho.Então ela fugiu da caixinha de música e procurou refúgiu em um tatame,mas levou no bolso a sua primeira sapatilha de ponta.Quem não levaria?Quem ainda não leva?
Isabele Câmara

3 comentários:

Aiani disse...

E como é dicifil de repente, mudar.
E como é bom sentir o novo em nossas vidas e lembrar com carinho do "velho".

A cada dia, você me surpreende mais amiga.
A cada dia, você me mostra que ser sensivel não é ser fraca.

Sua delicadeza e coragem me contagiam.

OBS: comentário desabafo? talvez.

A cada escrita, a cada conversa mas te admiro.

Anônimo disse...

Adorei a saga da bailarina que luta contra o tédio eterno ao qual se julgava fadada: a repetição. Dançar eternamente a mesma música, (ainda que linda) em situações mesmas, ou ser atormentada por um fantasma decadente, são situações igualmente monótonas e assustadoras. Em ambas, a pobre bailarina estava subjulgada a vontade dos outros. O cotidiano é importante, mas a inserção de situações novas é o que nos permite mudar nossas percepções, perspectivas, ações. Ainda bem que a bailarina resolveu quebrar a redoma de vidro que a protegia, mas, ao mesmo tempo a sufucava. Acedito eu, que agora que ela resolveu fugir para um tatame, ficará mais apta tecnicamente para espedaçar todas as redomas que, por ventura, surgirem em sua vida. Quem sabe até utilizando a sapatilha que levou consigo.

Eveline Câmara

Zeza´s disse...

Essa bailarina dançava tão bem que não merecia ser atormentada por um fantasma tão assustador. Acho que foi a melhor coisa que ela fez ao se refugiar no tatame pois acredito que não foi só um novo lugar que ela encontrou e sim um verdadeiro lar. Mesmo com todas as alegrias e tristezas. E anida mais especial, ela encontrou um par para dançar "a dança da vida" com ela eternamente em uma linda melodia que nunca acabará ;D

Te amo ;*
José Roberto de Oliveira Sobrinho (Zeza's XD)

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